FINITUDE E BIOÉTICA NO FIM DA VIDA: DESAFIOS ÉTICOS E CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS NO CUIDADO DE PACIENTES TERMINAIS

Resumo

 O cuidado de pacientes terminais envolve uma série de desafios éticos complexos que surgem no contexto da finitude humana. A bioética oferece uma estrutura para guiar as decisões médicas e práticas, assegurando que os cuidados oferecidos respeitem a dignidade, autonomia e valores do paciente. Nesse cenário, o equilíbrio entre prolongar a vida e garantir a qualidade de vida torna-se central, especialmente quando as intervenções médicas podem causar sofrimento adicional. Este trabalho tem como objetivo discutir os principais desafios éticos e as considerações práticas no cuidado de pacientes terminais, explorando como a bioética pode orientar as decisões médicas para garantir um cuidado que respeite a dignidade e os desejos do paciente no fim da vida. O primeiro grande desafio ético é decidir até que ponto as intervenções médicas devem ser usadas para prolongar a vida, especialmente em situações onde o tratamento pode comprometer a qualidade de vida. A autonomia do paciente, expressa através de diretivas antecipadas e preferências de fim de vida, é essencial para garantir que as decisões reflitam seus valores e desejos. Outro desafio envolve o uso da sedação paliativa, uma prática ética destinada a aliviar o sofrimento insuportável nos estágios finais da vida, mas que pode suscitar questões sobre a linha tênue entre aliviar a dor e acelerar a morte. Além disso, a alocação de recursos em cuidados terminais levanta dilemas sobre justiça e equidade, exigindo uma abordagem ética que equilibre o bem-estar coletivo e os direitos individuais. Finalmente, o suporte emocional e espiritual oferecido por profissionais de saúde é uma parte vital do cuidado, garantindo que o paciente e sua família se sintam acompanhados durante essa fase final da vida. Integrar a bioética na prática médica ao cuidar de pacientes terminais é fundamental para abordar os desafios éticos e as considerações práticas de forma que respeite a dignidade humana. O foco deve estar em proporcionar um cuidado que valorize a qualidade de vida, respeitando as escolhas do paciente e oferecendo suporte holístico. Ao adotar uma abordagem ética, os profissionais de saúde podem garantir que os pacientes recebam um cuidado compassivo e humanizado, refletindo o compromisso com os valores fundamentais de autonomia, beneficência e dignidade no fim da vida