Políticas Públicas e Desigualdades no Acesso ao Cuidado Cardiovascular
DOI:
https://doi.org/10.70430/rev.cedigma.2025.v3.5.53Palavras-chave:
Políticas públicas; Equidade em saúde; Acesso aos serviços de saúde; Doenças cardiovasculares.Resumo
As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade global, configurando-se como um problema de saúde pública de alta relevância. Embora avanços na assistência tenham contribuído para a redução da letalidade, persistem desigualdades significativas no acesso a serviços especializados, especialmente em populações socialmente vulneráveis. Este estudo analisa a influência das políticas públicas na oferta e distribuição da assistência cardiovascular, destacando os entraves estruturais, econômicos e geográficos que comprometem a equidade no atendimento. A escassez de infraestrutura, a concentração de recursos em centros urbanos e a insuficiência de profissionais qualificados em regiões periféricas são fatores que aprofundam as disparidades na cobertura e na resolutividade dos cuidados. Ademais, políticas fragmentadas e a descontinuidade de programas de prevenção e tratamento agravam o quadro, comprometendo a efetividade das intervenções. A partir dessa análise, reforça-se a necessidade de estratégias integradas e sustentáveis que garantam a universalização do atendimento, com enfoque na equidade e na mitigação das iniquidades em saúde cardiovascular.
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