A DIFICIL TAREFA DE FALAR SOBRE A MORTE NO AMBIENTE HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13999107Palavras-chave:
Morte, Tanatologia, Profissionais, Diálogos, PsicoeducaçãoResumo
A morte é uma das únicas certezas universais que todos os seres humanos enfrentam, contudo, continua a ser um dos assuntos mais difíceis de abordar, especialmente no ambiente hospitalar. O contexto hospitalar, com sua estrutura voltada para a cura e a recuperação, frequentemente vê a morte como um fracasso ou um tabu, dificultando conversas abertas e honestas sobre o fim da vida. Este cenário é particularmente desafiador para os profissionais de saúde, pacientes e suas famílias, que muitas vezes se veem despreparados para lidar com a inevitabilidade da morte e o luto subsequente. A literatura revela que uma comunicação eficaz sobre o fim da vida pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e facilitar um processo de luto mais saudável para as famílias. No entanto, barreiras significativas, como o tabu cultural, a falta de treinamento adequado e a pressão para manter a aparência de força, ainda precisam ser superadas. Estratégias como a integração de cuidados paliativos e a formação contínua em comunicação podem ajudar a promover uma abordagem mais humanizada e compassiva no cuidado de fim de vida. Este estudo contribui para a compreensão dessas dinâmicas e sugere caminhos para melhorar a comunicação sobre a morte nos hospitais.
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