SAÚDE MENTAL E SUAS VÁRIAS NARRATIVAS PÓS REFORMA PSIQUIÁTRICA
DOI:
https://doi.org/10.70430/rev.cedigma.2024.v2.4.42Palavras-chave:
Reforma Psiquiatrica; Inclusão Social; Atenção Psicossocial; Desinstitucionalização; Direitos Humanos.Resumo
A Reforma Psiquiátrica no Brasil, iniciada nos anos 1980, trouxe uma mudança significativa na abordagem da saúde mental, com foco na desinstitucionalização e no cuidado comunitário. Esse processo visou garantir os direitos das pessoas em sofrimento psíquico e romper com o modelo hospitalocêntrico, substituindo-o por uma rede de atenção psicossocial. Com isso, surgiram novas narrativas e práticas de cuidado, voltadas para a inclusão social, autonomia e respeito à diversidade de experiências dos indivíduos. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar as várias narrativas que emergem na saúde mental após a Reforma Psiquiátrica no Brasil, destacando suas implicações para o cuidado em saúde mental. Metodologia:Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada em uma revisão bibliográfica integrativa. Foram selecionados artigos, livros e teses, disponíveis em bases de dados como SciELO, LILACS e GOOGLE ACADEMICO. Os critérios de inclusão foram publicações entre os anos 2018 e 2023, em português, que discutam o impacto da Reforma Psiquiátrica, a formação de narrativas sobre a saúde mental e suas implicações para os profissionais e usuários do sistema de saúde. Resultados e Discussões: A Reforma Psiquiátrica promoveu uma pluralidade de narrativas em saúde mental, pautadas na humanização, inclusão e construção de redes de apoio comunitário. Essas narrativas desafiam o estigma associado ao sofrimento mental, promovendo uma visão de acolhimento e cuidado integral. Considerações Finais: As novas narrativas da saúde mental pós-Reforma Psiquiátrica representam um avanço importante para a humanização do cuidado, promovendo uma visão mais inclusiva e respeitosa do sofrimento psíquico.
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