Distanásia: Implicações Éticas e Desafios na Prolongação da Vida em Contextos de Cuidados Paliativos
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14948337Palabras clave:
Distanásia; Cuidados paliativos; Bioética; Autonomia; OrtotánasiaResumen
Introdução: A distanásia, caracterizada pelo prolongamento artificial da vida sem perspectiva de recuperação, representa um dos principais dilemas éticos na medicina contemporânea. Esse fenômeno ocorre, sobretudo, em unidades de terapia intensiva, onde a decisão sobre a continuidade dos tratamentos é frequentemente influenciada pela pressão familiar e pelo receio de implicações legais. Objetivo: Analisar as implicações éticas e os desafios relacionados à distanásia em contextos de cuidados paliativos, buscando compreender o impacto da falta de regulamentação, a influência da pressão familiar e as consequências do prolongamento artificial da vida. Metodologia: A pesquisa foi conduzida por meio de revisão bibliográfica, analisando artigos científicos, diretrizes médicas e legislações nacionais e internacionais sobre a distanásia e os cuidados paliativos. Foram considerados estudos que abordam a influência das diretivas antecipadas de vontade, a formação de profissionais de saúde e a atuação de comitês de bioética na tomada de decisões. Resultados: Estudos apontam que a implementação de diretivas antecipadas de vontade reduz significativamente a incidência de intervenções invasivas desnecessárias. Além disso, a capacitação de profissionais de saúde na área de cuidados paliativos tem demonstrado ser um fator essencial para garantir uma abordagem mais humanizada e respeitosa no tratamento de pacientes terminais.Conclusão: A promoção de políticas públicas voltadas para a capacitação de profissionais e a criação de diretrizes claras pode impactar positivamente na prática clínica. Hospitais que implementaram programas de cuidados paliativos registraram uma redução expressiva nos casos de distanásia. Dessa forma, é necessário um esforço conjunto entre a comunidade médica, os formuladores de políticas públicas e a sociedade civil para consolidar uma abordagem mais humanizada no final da vida.
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